O aumento do o à internet no país está diretamente relacionado à expansão da oferta de banda larga via satélite, afirmou nesta terça-feira (25) o secretário de Telecomunicações do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), André Borges, durante workshop promovido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). De acordo com a última pesquisa TIC Domicílios, produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 42,1 milhões de residências no país contam com o o à internet – sendo que 7% desse total corresponde à conexão via satélite. O número pode parecer baixo, mas a quantidade de casas com esse tipo de serviço mais que dobrou entre 2015 e 2018.
Segundo Borges, um dos motivos para este salto é a entrada em operação do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), além de outros artefatos espaciais. Lançado ao espaço em maio do ano ado, o SGDC tem capacidade para fornecer o sinal de internet para todo o território brasileiro.
“Os satélites sempre foram largamente utilizados, mas com um aspecto mais corporativo, eram as empresas que usavam esse serviço. A banda Ka trouxe um perfil residencial e é uma revolução que está em andamento, porque ela tem uma capacidade de penetração no território muito grande e vai expandir ainda mais o o no futuro”, destacou.
Já o presidente da Anatel, Juarez Quadros, ressaltou que a capacidade dedicada à oferta de banda larga via satélite no Brasil vai aumentar consideravelmente até 2021, quando satélites estacionados em posições orbitais sobre o país vão disponibilizar 177 gigahertz (GHz) à população. Deste total, 128 GHz serão em banda Ka. No último levantamento, feito em 2017, o total era 84 GHz (41 GHz da banda Ka).
“A missão da Anatel é implementar a política pública de o aos serviços de telecomunicação, e a banda Ka tem papel central nisso”, disse.
Entraves
Para o diretor de Banda Larga do MCTIC, Artur Coimbra, dois gargalos precisam ser superados para que a banda larga via satélite tenha mais competitividade no mercado brasileiro. É necessário ampliar a cobertura desse serviço e reduzir os custos de operação para que o consumidor final seja beneficiado.
“O ministério tem trabalhado no sentido de solucionar essas questões. Na parte de ampliação da cobertura, temos o SGDC e o programa Internet para Todos, que tem um alcance enorme, em todo o país. Em parceria com as prefeituras, vamos conectar as localidades que, hoje, não podem contar com o à internet. Em relação à redução de custos, estamos trabalhando em conjunto com a Anatel para conseguirmos reduzir a cobrança do Fistel para as operações de conexão via satélite”, afirmou Coimbra.