O esforço conjunto entre direção, coordenadores, professores, funcionários e estudantes uniu a comunidade acadêmica e escolar da Universidade Regional Integrada (URI) – campus Erechim, nesse período de suspensão das atividades presenciais, como medida preventiva ao novo coronavírus.
Além disso, a Instituição protagonizou diversas ações solidárias para auxiliar o município de Erechim, que está completando 102 anos de emancipação político-istrativa, a superar essa crise sanitária.
Para o diretor-geral do campus, Paulo Giollo, a união da comunidade acadêmica e escolar foi fundamental nesse momento. “Diante da urgência na suspensão das aulas, contamos com a colaboração das coordenações, professores e funcionários da Tecnologia de Informação (TI), para nos reorganizarmos frente ao novo cenário que se instalou no território gaúcho. Em poucas horas, os docentes já estavam ministrando aulas online síncronas, ou seja, no mesmo horário em que seriam lecionadas de maneira presencial. Desta forma, nem a Universidade, nem a Escola de Educação Básica, se distanciaram dos alunos, propiciando com diversas ferramentas disponíveis, aulas com qualidade e com o professor disponível para esclarecimentos e dúvidas”, contou à reportagem do Jornal Bom Dia.
“Ainda não é possível analisar os impactos”
Com relação as medidas já adotadas para conter possíveis transmissões do coronavírus, Giollo alerta que ainda é cedo para analisar a situação. “É muito difícil avaliar se as medidas foram corretas, tomadas no tempo adequado e se surtiram os efeitos desejados. Esperava-se, devido a ampla cobertura e divulgação das mídias, um grande número de casos na nossa região, o que de fato não ocorreu. As incertezas continuam, mas hoje, acho que estamos um pouco mais preparados para aos poucos ir flexibilizando as atividades, e caso sentirmos alguma expansão acelerada da covid-19, voltarmos a restringir alguns se
tores”, argumentou.
Sobretudo, o diretor ressalta que é necessário responsabilidade de todos. “Certamente será preciso a colaboração e o cuidado de todos: usando máscaras, higienizando as mãos, não fazendo aglomerações de pessoas e principalmente estando cientes que a quarentena não é um período de férias, é um período de isolamento social, para evitarmos a disseminação do vírus”.
Retorno das atividades presenciais já está sendo planejado
De acordo com Giollo, a retomada das atividades presenciais na URI já está sendo cogitada. “Nós estamos planejando um retorno gradual no campus a partir de maio. Iniciando com as aulas práticas, que já são desenvolvidas com um número reduzido de alunos, mas a ideia é fazer grupos menores, com todos os equipamentos de proteção individual necessários, e, durante o mês, caso se confirme a baixa incidência de transmissão do vírus no Alto Uruguai, retornarmos com as aulas presenciais”.
“Com essas medidas, pretendemos já começar a recuperação das aulas práticas, que irão impactar no calendário acadêmico, sendo que será nosso compromisso, repor todas as aulas práticas que faltarem, mesmo que seja preciso avançar para o segundo semestre, no caso dos cursos de graduação e ao próximo ano para a Escola”, acrescentou.
Ações de solidariedade
Mesmo com as atividades suspensas, a URI auxiliou a saúde erechinense. “Dentro daquilo que estava em nosso alcance, conseguimos produzir álcool em gel e líquido 70% para doação aos hospitais e entidades públicas do município. Bem como, reamos equipamentos de proteção individual e, por empréstimo, cedemos três ventiladores mecânicos à Fundação Hospitalar Santa Terezinha. Já por meio de parcerias com outras entidades, fabricamos protetores faciais. Para as próximas semanas, nossos professores das áreas das engenharias e saúde, estão desenvolvendo um projeto de ventilador mecânico de baixo custo para a região do Alto Uruguai. Nesse cenário, acredito que com um trabalho sério, união e esforços de todos, vamos superar esse momento”, concluiu Giollo.