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“Estamos pagando um preço muito alto, deixando nossos filhos, para cuidar das famílias de Erechim” 1t4x1v

“Por isso, cuidem-se, usem mascaras, higienizem as mãos, não saiam de casa desnecessariamente, valorizem o nosso empenho”, diz Liane

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“Ao chegar em casa quase que uma operação de guerra para retirar sapatos e roupas"
Por Ígor Dalla Rosa Müller
Foto Divulgação

“Trabalho há 14 anos no Hospital Santa Terezinha e atuo há 18 anos na área da saúde”, afirma a técnica em Enfermagem, Liane Moscato, que também é mãe, e faz um relato do que é viver diariamente a pandemia do coronavíruas (covid-19).

Ela conta que ser uma profissional na área da saúde sempre foi um desafio, e conciliar trabalho-família um desafio ainda maior. “Cuidar de vidas é árduo, cansativo, doloroso, mas ao mesmo tempo gratificante”, diz.

Segundo Liane, em questão de poucos meses a humanidade foi assolada por um novo vírus, chamado coronavírus (covid-19), que transformou totalmente o cenário da saúde mundial. “Nações estão sendo brutalmente castigadas por essa doença infame, gerando incerteza, angústia, tornando visível o medo no olhar de todos”.

Treinamento  

“É uma preparação quase insana, treinamentos, orientações do Ministério da Saúde quase que diários, modificando técnicas e rotinas do dia para a noite. É quase impossível acompanhar. E, pensar que estávamos vendo tudo isso, até poucas semanas, longe daqui”, comenta.

Em casa

“Ao chegar em casa quase que uma operação de guerra para retirar sapatos e roupas, enfim, ter um cuidado extremo com a higiene, porque há medo de trazer para casa a tão falada covid-19, medo de contaminar os filhos, marido, pais, idosos e amigos”.

O vírus

Enfim, diz ela, a covid-19 está aí. “Bateu em nossa porta, internações na ala e UTI covid-19, setores que foram criados de modo emergencial estão sendo ocupados, a insegurança aumentando, e a primeira morte em nossa cidade ocorreu”.

E, acrescenta, “tenho 18 anos de atuação na área de enfermagem e nunca vi tamanha insegurança, angústia e medo nos olhos de todos, inclusive daquelas que como eu são mães. Quantos abraços não dados, beijos evitados, filhos pequenos querendo colo e aconchego, e muitas mães chorando por terem que se afastar dos seus filhos, maridos, amigos. Aniversários não comemorados em família, uma Páscoa silenciosa e o Dia das Mães, que também se aproxima com sentimento de pesar”.

Seguir em frente

Mesmo com toda insegurança, medo e todas as dificuldades enfrentadas diariamente, é necessário continuar, observa Liane, pelos pacientes que são atendidos e pela família. “Pelos nossos filhos, pais, que ficam em casa, porque sabemos que tudo isso irá acabar, e os abraços que antes não eram tão frequentes serão diários, porque a humanidade precisou de uma pandemia para aprender a dar valor a pequenos gestos de carinhos e momentos em família, que antes não eram aproveitados”.

Feliz Dia das Mães 

“Para todas as mulheres-mães, filhas de todos os setores do hospital e clínicas do município, e, em especial, as minhas colegas de trabalho, agradeço o empenho e a coragem de deixar suas famílias para cuidar de outras famílias, mesmo sabendo que se corre o risco de ficar doente e levar o vírus para casa”, conta.

Lição

Para Liane, fica uma lição disso tudo, dessa pandemia. “Estamos aqui, técnicas, enfermeiras, médicas, pessoal da sanificação, nutrição, istração e todos os setores especiais para funcionamento do hospital, e estamos pagando um preço muito alto, deixando nossos filhos para cuidar das famílias de Erechim. Por isso, cuidem-se, usem mascaras, higienizem as mãos, não saiam de casa desnecessariamente, valorizem o nosso empenho. “E, para as mães que trabalham no Hospital Santa Terezinha, um Feliz Dia das Mães, tenho muito orgulho de todas vocês”, afirma.

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