Sabe-se que a adesão de pacientes a um tratamento às vezes é difícil, ainda mais para crianças. A necessidade de pesquisas com novas abordagens terapêuticas faz com que o tratamento lúdico crie um ambiente mais confortável e incentive o paciente a realizar as atividades sem perceber, melhorando assim o seu quadro clínico.

Uma dessas modalidades é a Terapia Assistida por Cães (TAC), que é uma abordagem que utiliza cães treinados para auxiliar no tratamento de indivíduos que possuem algum déficit, sendo uma terapia com bastante êxito para crianças que não possuem medo de cães. Essa terapia melhora a relação com outros indivíduos, além de trazer mais alegria e motivação tanto para o paciente quanto para a família, promovendo melhora nos déficits existentes.

O Trabalho de Conclusão de Curso de Fisioterapia, da acadêmica Fabiana Paula Giorgi, orientado pela professora Márcia Bairros de Castro, objetiva avaliar os efeitos psicomotores de um tratamento com terapia assistida por cães em uma criança com Síndrome de Down.

Segundo o INCA (2016) o contato com animais libera e aumenta os níveis de serotonina, endorfina e diminui os níveis de cortisol, gerando uma sensação de bem-estar, promovendo efeitos positivos sobre a saúde física, emocional e mental dos indivíduos. Também é um instrumento de estimulação crucial para os órgãos sensoriais, sentido cinestésico e o sistema límbico, atuando na educação e na motricidade ou na reeducação motora e na organização pedagógica.

Qualquer raça de animal pode participar, porém, sempre é avaliado pelo adestrador o comportamento temperamental para tentar evitar possíveis riscos aos pacientes. Para tanto, a parceria da equipe Super Pàtas de Erechim, com os animais Anita e Khatucha, constitui-se em fator determinante para a realização do estudo. São animais treinados, preparados para cada sessão e com adestramento específico para serem Cães Terapeutas.