Ao concluir os estudos, decidiu prolongar a permanência e atualmente está morando, com o namorado, na cidade de Piacenza (Placência, na língua portuguesa) que fica na região da Emília-Romanha e possui um pouco mais de 102 mil habitantes. Placência é cerca de 67 km de distância de Milão. Além da Itália, Bruna já viajou para a Argentina, Áustria, Eslovênia, Croácia, Inglaterra, Estados Unidos e Suíça.
Trabalho
A tresarroiense trabalha com pesquisas genealógicas, buscas de documentos na Itália e envio ao Brasil, conversas com clientes e com a sócia, entre outras atividades que envolvem serviços para cidadãos italianos ou para os que pleiteiam o reconhecimento da cidadania. Além disso, dá aulas de língua italiana online para brasileiros. “Comparada ao Brasil, minha rotina é muito diferente, principalmente porque mudei o modo de trabalhar e aumentei as atividades de lazer”, comenta.
Culinária italiana
Apaixonada pela culinária italiana, por ser saborosa e preservar antigos costumes, explica que cada localidade tem seu prato, seu produto característico, seu vinho e suas tradições. Fica encantada, toda vez que conhece um lugar novo procura provar alguma das especialidades que esse local tem - os costumes mudam mesmo que sejam a poucos quilômetros de casa. “A comida que eu mais gosto do local em que estou morando são os ‘Anolini di Piacenza’. São parecidos aos agnolini que conhecemos no RS, mas devo frisar que não são a mesma coisa”.
Entre os pratos típicos de Verona que provou está o “Risotto all’Amarone” (Amarone é um vinho local) e o “Risotto Tastasal” (Tastasal é a carne do salame antes de ser embutida - o risoto feito com essa carne serve para testar o sal antes de embutir a carne).
Outro prato em Verona que chamou muito a atenção foram os “Bigoli”. O pai de Bruna usava essa palavra em casa para se referir a um tipo de massa que fazíamos e que era igual ao prato que me foi servido em Verona. “A bisavó do meu pai é de origem Veronese”.
As pizzas são encontradas em toda a Itália e os sabores podem ser mais específicos conforme a região e a localidade, variando as opções de acordo com os queijos, os presuntos ou os legumes locais.
Conta que não teve dificuldades em se adaptar à alimentação na Itália, mas sente falta das frutas tropicais frescas. Aqui as encontra, mas percebe que o sabor é diferente pois são transportadas de longe e colhidas muito verde.
Custos em restaurante
Todo lugar na Itália tem suas especialidades enogastronômicas (arte em harmonizar vinhos e os alimentos numa mesma refeição aliando cores, toques e alegria). Os destinos mais turísticos são ricos em atrações culturais. Agora, para quem tem origens italianas, sugere-se que procure visitar o território dos anteados italianos e conhecer os pratos tradicionais desses locais. “Tenho certeza que se surpreenderão com algum detalhe que remeterá às lembranças herdadas pela família, como o nome de algum prato ou utensílio de cozinha falado no dialeto que a própria família conhecia”. Os custos em um restaurante por pessoa são cerca de 25€ (cerca de R$157,95) considerando um prato, mais vinho, água, sobremesa, e um cafezinho.
Não existe horário comercial padrão
Ela havia estado na Itália em cinco ocasiões diferentes, antes de vir em 2020. Já conhecia a cultura italiana e estava preparada para o convívio por um período maior. O que mais chama atenção são os horários de trabalho dos departamentos públicos e lojas comparados ao Brasil. Se precisa fazer um telefonema ou ir para algum lugar, verifica o horário de atendimento antes. Não existe um horário comercial padrão na Itália. Cada estabelecimento atende em dias, turnos e horários que o mesmo estabelecer.
Dicas
Para quem nunca fez intercâmbio, sugere realizar um plano fazendo perguntas para si mesmo como: O que eu quero (que tipo de intercâmbio) ?; Por que eu quero (qual é a motivação) ?; Para onde quero ir (país e cidade) ?; Quando eu penso em ir (datas) ?; O que eu preciso fazer (quais ações tomar para realizar o intercâmbio)? Além desse plano, recomenda estudar a língua inglesa e a língua do país de destino, além da pessoa se envolver com entidades e associações que tenham relação com o país de destino para se aproximar da cultura e reduzir o impacto ao chegar no intercâmbio.