Jogo de celular lançado na quarta-feira (3) no Brasil já tem vários adeptos na "Capital da Amizade"
Se você caminhar pelas ruas de Erechim e reparar que várias pessoas estão focadas em seus celulares como se procurassem algo pela cidade não se preocupe, é que a nova febre mundial, o jogo Pokémon Go, chegou por aqui.
Depois de muita expectativa, o game Pokémon Go, desenvolvido pela empresa estadunidense Niantic, para smartphones com sistemas iOS ou Android, finalmente chegou ao Brasil na quarta-feira (3). Inspirado no desenho de fama mundial chamado Pokémon, dos anos 90 - que conta a história do personagem Ash Ketchum, um menino que inicia sua jornada pela busca de pequenos monstrinhos – o game possibilita que os jogadores experimentem, por meio de realidade aumentada, como é caçar Pokemóns no mundo real.
A tecnologia do jogo utiliza a câmera e o GPS do celular, possibilitando que os jogadores caminhem pelas ruas das cidades tentando encontrar Pokémons como Pikachu, Eevee, Pidgey e outros tantos – isso sem citar os mais raros. O GPS orienta os jogadores pelas ruas a serem percorridas e com a câmera é possível visualizar o Pokémon como se ele estivesse no mundo real. Já pensou encontrar um Squirtle ou um Magikarp no chafariz da Praça da Bandeira, em Erechim?
Encantamento
Para professor do curso de Ciências da Computação da URI campus de Erechim, Paulo Ricardo Rodegheri, o sucesso se deve pela parte lúdica do jogo, que possibilita a pessoa viver na pele uma situação que ela via nos desenhos que assistia quando criança. “A realidade aumentada utiliza um ambiente real visto por meio de uma tela de aparelhos com GPS e acrescenta objetos fictícios, virtuais. No jogo são projetados Pokémons no cenário da vida real” explica Rodegheri.
Experiência
A auxiliar de escritório, Vanessa Zin (25), já fez o e experimentou o jogo, e inclusive encontrou um Pokémon no centro de Erechim. Ela só não gostou do fato do game não ter uma versão em português. “Instalei o aplicativo mais pra ver como era o tão falado game. Recomendo o jogo com a ressalva de que as pessoas não devem viver apenas pra isso, que utilizem o jogo como forma de desligar um pouco dessa nossa correria diária” comenta Vanessa.
O professor de inglês, Túlio de Almeida Bertagnolli (26), adorou o jogo. Desde a tarde desta quarta-feira (3) ele já tem o aplicativo instalado no celular e garante que é pura diversão. “Já peguei alguns Pokémons básicos como Zubat, Caterpie, Charmander e Pidgey. Gostei da idéia de fazer algo que não seja só dentro de casa, interativo, pra jogar com os amigos” comemora o professor.
Entretanto Túlio acredita que algumas coisas precisam ser melhoradas, como a questão da internet. O game funciona somente de forma online, o celular precisa estar conectado a uma rede Wi-fi ou de dados móveis. O Brasil é conhecido por serviços de dados móveis com altas taxas e com o limitado, além de não possuir Wi-fi liberado nas ruas, como ocorre no Japão por exemplo. Mas ao caminhar pelas ruas de Erechim parece que nada vai parar os jogadores em sua jornada Pokémon!
Pokémons na Capital da Amizade
Em Erechim alguns pontos da cidade tiveram mais incidência de Pokémons de acordo com os jogadores. Avenida Sete de Setembro, URI, Câmara de Vereadores e a Catedral são alguns dos locais. O mais interessante é a Praça da Bandeira, onde se encontra um ginásio Pokémon, local onde os jogadores se enfrentam virtualmente em batalhas de mostrinhos.
Polêmica
Em funcionamento há menos de 48h, várias casos já estão sendo relatados. Roubos de celular, atropelamentos e trapaças no jogo são algumas das situações que os brasileiros já enfrentaram. A Niantic recomenda aos usuários que joguem em segurança, que não se aventurem sozinhos à noite com o celular a mão, que cuidem as ruas ao atravessar e que tenham cuidado nos locais que visitam durante a busca por um Pokémon.