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A minha mãe é uma rainha 5968

Damiana Pandolfo conta a sua história sendo mãe das meninas Luiza e Larissa

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Damiana e as filhas Luiza e Larissa
Por Gabriela de Freitas
Foto Gabriela de Freitas

Ser mãe é desafiador, gerar, cuidar, educar, é criar um laço que dura para sempre. É compartilhar a vida, os momentos de tristeza e de alegria. Ser mãe é estar presente, é estar ao lado dos filhos desde a sua chegada até o seu amadurecimento. Ser mãe é um ato de amor.

Conheceremos a história da mãe, Damiana Pandolfo, natural de Viadutos, da Linha Barbará. Possui 41 anos e atualmente trabalha como agente comunitária de saúde. Desde a juventude, procurou concluir os seus estudos e entrar para o mercado de trabalho.

“Eu saí da casa dos meus pais com 14 anos, para estudar em Erechim. Morei no colégio de freiras, vivi lá durante dois anos. Quando completei 18 anos, comecei a trabalhar numa rede de supermercados como operadora de caixa por oito meses”, conta ela.

A mudança

Devido ao seu ótimo desempenho no trabalho,

Damiana recebe a proposta para trabalhar em outro estado, onde a sua vida mudaria completamente.

“Logo fui transferida para São Paulo para trabalhar como assistente de setor financeiro. Em São Paulo, morei nove anos, trabalhando nessa área. Lá conheci um rapaz, tive um relacionamento e desse relacionamento tive minhas duas filhas, Luiza e Larissa”, conta Damiana.

Em função da separação e estar distante da família, Damiana decide retornar para Viadutos. A decisão foi para poder se dedicar ao cuidado das filhas, em vê-las crescidas e longe das preocupações de uma cidade grande como São Paulo.

“Quando eu me separei, não tinha ninguém da minha família lá em São Paulo, por ser uma cidade grande era difícil com duas filhas pequenas, desde pegar ônibus lotado e outras situações. Por isso resolvi voltar para ficar perto e ter o apoio da minha família. Estar com a família é o que precisamos quando estamos ando por um momento de fragilidade. Não foi fácil voltar, você sai menina e volta mulher com duas filhas para a casa dos pais. Mas tudo isso foi para dar uma melhor criação para elas. Naquele momento, vir para uma cidade mais calma e tranquila, elas teriam mais liberdade”, recorda a mãe.

Retorno para Viadutos

Na época em que retornou de São Paulo, elas tinham 4 e 2 anos, Damiana voltou para Viadutos para morar na casa dos pais. No início, dedicou-se a cuidar das meninas, depois surgiu a oportunidade de trabalhar em um mercado da cidade. Quando abriu o concurso para agente de saúde, ela se inscreveu e foi aprovada no processo seletivo, o qual ela desempenha a função desde então. “Atendo comunidades no interior, como a Linha Barbará, Rio Quinto, Anta Mansa e Coxilha. Fazemos visitas nas residências, levantamentos nas famílias, atualização de cadastros e informações que são adas para UBS”, explica Damiana.

O interior trouxe mais segurança nesse sentido, pois ela pode acompanhar mais de perto todo o desenvolvimento das filhas. “Eu parei a minha vida profissional para poder me dedicar a elas, e eu sabia que estar aqui seria melhor, enquanto eram pequenas eu poderia ar mais tempo com elas e é por isso que eu resolvi voltar, pensando no melhor para elas e com certeza foi o melhor para mim. Não foi fácil devido a questão de ser mãe solo, existe muito preconceito quanto a isso, mas superamos tudo”, revela a mãe.

Damiana assumiu as responsabilidades e enfrentou todos as adversidades que surgiram pela frente. Hoje ela vê que todos os esforços foram recompensados ao ver as filhas crescendo e aos poucos trilhando os seus caminhos, a mãe expressa gratidão. As filhas, Luiza agora com 17 anos e Larissa, 15 anos.

As filhas

Luiza Pandolfo Rodrigues de Lima, tem 17 anos e atualmente está no terceiro ano do ensino médio. Ela faz trabalhos como modelo e é princesa do município de Viadutos. A filha mais velha conta que era um sonho de infância que ela já dividia com a mãe, e conforme Luiza crescia, buscou ir atrás desse sonho.

“A minha mãe sempre esteve presente comigo nos momentos bons e nos difíceis, sempre foi o meu apoio e me ajudou. Ela sempre me orientou sobre os obstáculos que poderiam surgir quando eu iniciasse a trajetória em busca dos meus sonhos e sobre a importância de eu não desistir. Eu tenho muito orgulho da minha mãe, porque essa força que ela nos dá é o que me faz continuar. Ela sempre esteve conosco, incentivando os nossos estudos, nos deu uma ótima educação, só temos a agradecer. iro toda a coragem e perseverança que ela tem”, diz

Luiza ao falar sobre a mãe.

Larissa Pandolfo Rodrigues de Lima, tem 15 anos e estuda no primeiro ano do ensino médio integrado ao magistério. A mais nova se mudou para Erechim para poder dar andamento em seus estudos. Ser professora era um desejo que tinha desde pequena, que surgiu quando começou a ir para escola e irava ver as professoras lecionando.

“Eu sempre quis ajudar as pessoas de alguma forma, e eu pensei: por que não a educação? Ensinar as pessoas a ler e a escrever. Hoje em dia, não ter o a educação impede as pessoas de usufruir dos seus direitos como cidadãos. Então, isso me motivou a querer mudar esse cenário de desigualdade por meio da educação. Por essa decisão, fui atrás dos meus objetivos, tive que sair de casa, do convívio com a minha família. Dá saudade, mas eu estou disposta a ir atrás dos meus sonhos. Claro que, quando eu me mudei, acabei me afastando um pouco da minha mãe e isso é bem difícil, no começo eu fiquei com medo. Mas ela me tranquilizou, me encorojou a continuar e a não desistir. O incentivo nos dá mais segurança para seguir”, relata Larissa.

Ao perguntar sobre o sentimento de vê-las crescidas

e seguindo os seus caminhos, Damiana responde emocionada: “Eu as criei com a ajuda dos meus pais, elas são o meu maior presente, e tem coisas que precisam acontecer na nossa vida para crescermos, amadurecermos e prosseguirmos. O sentimento é de gratidão. A melhor coisa é ouvir alguém elogiar o seu filho e saber que são pessoas excelentes, e isso não tem preço que pague”.

Minha mãe é uma rainha

As duas filhas, ao falar sobre a mãe a consideram uma verdadeira rainha, por sua dedicação, carinho e companheirismo, uma mulher que batalhou para que as filhas crescessem e se tornassem tão determinadas quanto ela.

“Eu sou uma princesa, porque eu nasci de uma mulher muito forte e guerreira, a minha coroa na verdade quem me deu foi a minha mãe, porque ela é uma verdadeira rainha. A maior riqueza e realeza, com certeza é a minha mãe”, afirma Luiza.

“A minha mãe é o meu apoio, sempre esteve ao nosso lado. Ela deixou de viver a vida dela para nos criar, eu amo a minha mãe. Eu tenho muito orgulho dela, ela é incrível. Eu acho que ela é uma pessoa maravilhosa,

estava sempre recebendo críticas, sempre sendo julgada, mas ela nunca desistiu de nos cuidar, nunca desistiu de nada. As pessoas sempre a julgavam por ser “mãe solteira”, nos julgavam também. Minha mãe sempre foi presente em todos os momentos. Para mim ela é uma rainha, porque ela nunca desistiu, sempre esteve lá por nós, e mesmo sendo julgada nunca deixou cair a sua coroa”, acrescenta Larissa.

 

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