A proposta de Jesus
Como nos esclarece Kardec, Jesus veio desenvolver uma proposta de comportamento que afrontava os interesses dos fariseus, dos escribas e dos sacerdotes de seu tempo.
Em suma, da própria cultura de então.
A Doutrina Espírita (ou o Espiritismo), tem a base nos ensinamentos trazidos por Elevados Emissários que, com a permissão do nosso Mestre e Guia Jesus, como seus auxiliares, mostram o real significado dessas palavras, esclarecendo e confortando, com base na lógica e na razão, sem alegorias, sem simbologias, sem misticismo.
Com já dito antes, essa Doutrina não é a “Doutrina de Kardec”; é a Doutrina dessas Vozes do Céu, como acentua o Espírito de Verdade, no prefácio da obra em referência (O Evangelho Segundo o Espiritismo), que transcrevemos a seguir:
“Eu vos digo, em verdade, que são chegados os tempos em que todas as coisas devem ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos”.
Compreendendo o real sentido das palavras
Como nos lembra Jorge Elarrat Canto, palestrante espírita e Diretor da Federação Espírita de Rondônia, há de se levar em consideração a pobreza do idioma da época, que não continha vocábulos adequados para expressar certas ideias.
No idioma hebraico, diz ele, pode-se interpretar que foi dito por Jesus o equivalente a “amar mais” ou, “amar menos”.
Nessa última expressão, por falta de vocábulo adequado, a tradução logrou optar por definir como “odiar” ao invés de “amar menos”.
Interpretação que se aplica ao se referir à agem sobre odiar o pai, a mãe, os irmãos, os filhos...
Devemos compreender o real sentido das palavras as quais em diferentes idiomas, diferentes culturas e costumes adquirem conotações particulares a cada povo.
“Sem esse conhecimento - afirma Kardec -, o sentido verdadeiro de certas palavras escapa”. “[...] pode ser uma injúria ou uma blasfêmia em uma e em outra ser uma palavra insignificante, conforme a ideia que sugira” (KARDEC, Allan. Trad. Evandro Noleto Bezerra. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XXIII, item 3)
(Próximo tema: Moral estranha – Parte III)