A palavra Arquitetura conforme o dicionário Oxford é a arte e técnica de organizar espaços e criar ambientes para abrigar diferentes tipos de atividades humanas, visando uma determinada intenção plástica. Para alguns profissionais da área pode ser exatamente isso, mas para outros como Júlia essa palavra vai muito além de seu significado.
Quando pensamos em Arquitetura, nos vem à mente os grandes prédios, edifícios modernos e projetos minimamente bem construídos. Mas esse trabalho tem um impacto muito maior do que imaginamos. Júlia Piaia, Arquiteta e Urbanista de Erechim, enxerga a arquitetura como um agente transformador capaz de dar dignidade às pessoas, conservar a história, além de ser um item essencial para a vida.
“Arquitetura é algo que todos deveriam ter o, quando ela é bem pensada, bem projetada, faz muita diferença na vida das pessoas. amos a maior parte da nossa vida dentro da nossa casa por exemplo, ali é o nosso lar, nosso abrigo, se não nos sentirmos bem, isso poderá impactar outras áreas”, salienta.
Arquitetura e identidade
Conforme ela, uma Arquitetura bem planejada, é aquela que atende as necessidades e individualidades de cada pessoa, empresa ou grupo, conservando seus gostos e identidade. “A Arquitetura que me atende não é a mesma que te atende, então cada pessoa merece uma arquitetura diferente, não podemos sair padronizando tudo porque as pessoas não são um padrão, elas são diferentes e merecem projetos personalizados”, afirma.
Júlia Piaia, natural de Palmitinho RS, se encontrou na Arquitetura muito cedo, aos 18 anos de idade quando ingressou na primeira turma de Arquitetura e Urbanismo da UFFS Campus Erechim. Na época, ela se mudou para Erechim para estudar ao mesmo tempo que trabalhava e dividia a casa com outras meninas.
Muito além de projetos
Júlia, sempre teve um olhar diferenciado para a arquitetura, visualizando muito mais do que possibilidades de construir, mas de transformar ambientes que impactam a vida das pessoas. Foi a partir desse propósito que abriu um escritório de Arquitetura na cidade de Barão de Cotegipe com uma colega, onde atuaram de 2017 a 2023.
Arquitetura para todos
Em 2024, Júlia decidiu voltar para Erechim e abrir seu próprio escritório, acreditando na essência da arquitetura de atender a todos, tendo mais poder aquisitivo ou não. “Para mim todos os projetos são importantes, porque ele é importante para aquela pessoa, pode ser um projeto de 2 mil reais ou de um milhão de reais. Já fiz projetos de grandes prédios, de casas e de galpão para guardar lenha, por exemplo, faço todos como o melhor projeto, porque essa é a necessidade dessa pessoa nesse momento. Portanto, cada cliente é único, merece atenção e quando chegar no meu escritório será bem tratado e se sentirá importante”, destaca.
Por ter essa visão sensível e diferenciada de inserir a arquitetura na vida das pessoas, Júlia tem se destacado e consolidado uma marca única, com a capacidade de criar e adaptar projetos que atendem a todos os públicos. “Às vezes vemos a Arquitetura como algo extremamente caro, ível apenas para um público, eu não penso assim, acredito que é possível fazer um projeto que a pessoa possa pagar.
Nestes casos, às vezes trabalho até mais, mas porque não fazer, talvez seja a única oportunidade que essa pessoa terá de fazer isso e se ele me procurou é porque se sentiu à vontade, me adapto a realidade do cliente porque quero que realmente as pessoas tenham o a isso”, frisa.
Júlia Piaia
O trabalho que Júlia realiza abrange todas as áreas da arquitetura, acompanhando de perto desde a parte do projeto até a execução da obra. “Enquanto eu não ver pronto, não descanso, mesmo sendo um projeto mais complexo, não abandono a obra, assumimos esse compromisso e faremos de tudo para entregar. Gosto de ter esse contato com as pessoas envolvidas, seja o cliente, o construtor, o engenheiro e ar essa segurança”, diz.
Em 2025 Júlia quer ser reconhecida pelo seu trabalho e levar a arquitetura a todos. “Para mim, a arquitetura provoca essa transformação na vida das pessoas, na cidade e em tudo, isso vai refletir na sociedade em geral, se eu puder transformar a vida da pessoa em qualquer coisa para mim já está ótimo, me realiza como profissional poder transformar, saber que fiz um bem para aquela pessoa”, concluí Júlia.