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Saúde 703t15

Por que a miopia está começando tão cedo? 95q5i

Especialista aponta o uso excessivo de telas e a falta de exposição à luz natural como principais vilões

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Existe uma previsão de que até 2050 metade da população mundial seja míope
Dra. Daniele Bica Madalozzo
Por Marcelo V. Chinazzo
Foto Divulgação

Um número crescente de crianças e jovens tem sido diagnosticado com miopia nos últimos anos, um problema que, além de comprometer a visão de longe, pode afetar a qualidade de vida e o desempenho escolar. Mas o que está por trás dessa epidemia?

Estilo de vida digital e a explosão da miopia

A médica oftalmologista Dra. Daniele Bica Madalozzo, do Instituto de Olhos Santa Luzia, explica que a genética é um fator relevante no desenvolvimento da miopia. “Se um dos pais é míope, a criança tem 30% a mais de chances de desenvolver o problema. Se os dois são míopes, esse risco sobe para 50%”, afirma.

No entanto, o estilo de vida atual tem acelerado o surgimento do distúrbio visual. “Hoje, o fator de risco que mais contribui para o aumento da miopia é o uso excessivo da visão de perto, celular, tablet, computador e até leitura. Antigamente, adolescentes de cursos que exigiam muita leitura, como Direito e Medicina, desenvolviam miopia. Agora, vemos crianças muito pequenas, que ainda nem leem, ando horas diante de telas todos os dias”, alerta a especialista.

Luz natural: uma aliada esquecida

Além do excesso de telas, a falta de atividades ao ar livre também tem peso importante no avanço da miopia. A exposição à luz solar é essencial para o desenvolvimento ocular saudável. “Isso já está bem estabelecido: muitas horas olhando para perto, com pouca exposição ao ar livre, contribuem para o aumento da miopia. Tanto que há uma previsão de que até 2050 metade da população mundial será míope”, destaca Daniele.

Dá para prevenir?

Segundo a médica, a miopia pode ser prevenida “em termos”. Ao identificar uma criança pré-míope, ou seja, que ainda não tem miopia, mas já apresenta indícios, é possível intervir. “Com a mudança de hábitos e, em alguns casos, o uso de colírios específicos, conseguimos evitar ou retardar o aparecimento da miopia”.

Essas orientações são feitas nas consultas de rotina, e incluem redução do tempo de tela (principalmente de celulares), pausas regulares durante o uso e incentivo a brincadeiras ao ar livre. “A miopia não tem cura, e tende a progredir até por volta dos 21 anos, acompanhando o crescimento do olho, que já nasce maior que o normal em quem tem a condição”, explica.

O que a medicina tem feito para conter o avanço

Hoje, a medicina dispõe de recursos para desacelerar o aumento do grau de miopia. “A média de progressão considerada normal é de até 0,5 grau por ano. Monitoramos isso com exames que acompanham o crescimento do olho, e quando o ritmo está acima do esperado, usamos estratégias específicas”, diz a oftalmologista.

As opções mais utilizadas são:

Óculos com lentes de desfoque periférico, que equilibram o foco entre o centro e a periferia da retina, evitando o estímulo ao crescimento do olho.

Colírio de atropina em doses baixas, aplicado diariamente por alguns anos, que ajuda a controlar esse crescimento.

Esses métodos, segundo Daniele, podem desacelerar a progressão em até 60%.

E para os casos em que o grau estabiliza após os 21 anos, há ainda a opção da cirurgia refrativa. “Ela só pode ser feita com o grau estabilizado por pelo menos um ano e depende também de fatores como a espessura da córnea e o grau do paciente. Não é indicada para todos os casos”, alerta.

O papel dos pais e da escola nessa batalha

A prevenção da miopia a também por uma responsabilidade coletiva. “Consultas regulares são essenciais para identificar e tratar problemas desde cedo. Os pais precisam limitar o tempo de tela, incentivar atividades externas e manter esse acompanhamento oftalmológico constante”, orienta Daniele.

Ambientes escolares também podem colaborar, oferecendo pausas visuais e atividades ao ar livre sempre que possível.

“Quanto antes a gente agir, melhor o prognóstico visual dessa criança no futuro. O controle começa nos hábitos e se estende ao acompanhamento médico”, finaliza Dra. Daniele Bica Madalozzo.

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