Uma das coisas que despertam a memória das crianças são as histórias contadas pelos avós.
Com uma linguagem própria, característica do espaço-tempo, tudo acontecia envolto pela magia, a escuta, o olhar atento, a respiração, tudo, pura emoção.
As histórias, cobertas de verdades (para nós), aguçavam nossa imaginação e criavam asas, que agregavam à nossa imaginação.
Essa tradição oral percorria caminhos da reescrita do ado, nos revelando acontecimentos nunca vistos. Era fantástico.
Hoje, isso tudo deu lugar ao espaço digital, e com isso, a emoção do olhar, dos gestos, resumiu-se numa telinha.
O processo da transmissão oral era acompanhado pela ansiedade da espera. Éramos felizes por antecipação.
Os hábitos e costumes tinham sabor, perfume, cor e, aprendia-se muito.
Esse processo era desejado, respeitado e esperado. E a assimilação e compreensão aconteciam rapidamente, pois o coração é sempre ávido.
Essas lembranças revelam o valor da emoção, caminhos que permeiam a convivência humana.