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Vida slow k3zm

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Clovis Lumertz
Por Clóvis Lumertz – Empresário
Foto Clóvis Lumertz

Viver acelerado parece ser o padrão.

Acordar com pressa, correr para reuniões, responder mensagens enquanto almoça, pular de tarefa em tarefa como quem não pode ou não quer parar.

A dopamina corre solta, impulsionada por curtidas, metas batidas e listas intermináveis de tarefas riscadas.

É uma adrenalina sedutora, quase viciante. A sensação de produtividade nos embriaga, nos convence de que estamos vivos, ativos, eficientes.

Mas, será que estamos mesmo presentes?

Chegar a Fernando de Noronha foi como atravessar um portal.

Aqui, o tempo desacelera. Quase como uma clínica de reabilitação. Obriga ao “tratamento” de acalmar e exercitar o “não se importar”. Sem luxo, simples, rústico e sem precisar de nada disso.

O sinal de internet oscila e, em vez de ser um incômodo, vira um convite para lembrar de reduzir a ansiedade. Um convite ao “segurar as pontas”.

Comecei, quase sem querer, a entrar no ritmo do slow living. Conceito que sempre irei de longe, mas que parecia incompatível com meu cotidiano eletrizante.

De repente, o silêncio da manhã tem mais som.

A brisa e o vento me pegaram de jeito. Quase que assobiando uma playlist adequada ao momento.

As conversas ganham espaço, sem pressa.

A comida tem gosto, textura, cheiro. Não é só combustível, é ritual.

Entendi que slow living não é sobre lentidão por si só, não é exercício de preguiça, mas sobre momentos. É estar onde se está. É viver de verdade, sem precisar correr o tempo todo. É respirar com calma. É fazer menos, mas com mais sentido. É valorizar o tempo como um bem precioso.

Não sei se estou sob o efeito da “Janela de Overton”, mas pensar no equilíbrio pessoal e da natureza — entendendo o enorme desafio logístico que é abastecer a ilha de praticamente tudo — enfim, isso a a ter um significado… Aqui chamam de “Noronhe-se”.

Noronha lembra que há vida além da dopamina rápida. Que o prazer também pode vir da presença, da simplicidade, da lama nos pés, do barulho do mar nas pedras, da pausa…

Voltar à rotina será ótimo, claro. Mas levo essa lembrança viva: a de que é possível viver mais devagar, com mais calma mesmo no meio da correria — mesmo que alguns dias por ano. Porque desacelerar, às vezes, é a única forma de não se perder.

Slow living (conceito que aprendi aqui) é um estilo de vida que valoriza a calma nas atividades do dia a dia, em contraste com o ritmo acelerado da vida.

A ideia central é viver de forma mais consciente, aproveitando o momento presente, priorizando qualidade em vez de quantidade e buscando equilíbrio entre trabalho, lazer, saúde e relacionamentos.

Desacelerar a rotina, evitar o excesso de compromissos e multitarefas.

Conexão com o presente. Estar mais atento ao agora, praticando meditação sem ser meditação.

Consumo consciente, optando por produtos locais, sustentáveis e feitos com carinho e cuidado.

Simplicidade, reduzindo excessos materiais e simplificando a vida.

Acho que a posologia é em doses — quatro vezes ao ano.

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