O transplante capilar tem se tornado uma alternativa cada vez mais popular entre homens e mulheres que lidam com a perda de cabelo. Indicada para casos de alopecia androgenética, alopecia cicatricial ou causada por traumas e lesões, a técnica cirúrgica permite restaurar os fios de maneira natural e definitiva. Utilizando os próprios cabelos do paciente, geralmente retirados da parte posterior da cabeça, os fios são transplantados para áreas calvas, devolvendo volume e autoestima.
Indicações e candidatos ideais
O transplante capilar é recomendado para pessoas com calvície parcial ou total causada principalmente pela alopecia androgenética, comum em homens e também presente em mulheres. Outras indicações incluem alopecia cicatricial, provocada por traumas, inflamações ou queimaduras, e até a restauração de pelos faciais como sobrancelhas, barba e costeletas.
No entanto, o procedimento só é indicado quando a queda de cabelo está estabilizada, geralmente após o tratamento clínico com medicamentos. O médico avalia fatores como densidade da área doadora, padrão de calvície, textura dos fios e a saúde geral do paciente. Menores de 25 anos, pessoas com alopecia areata ou perda difusa causada por quimioterapia, por exemplo, não são bons candidatos.
Como é feito o transplante capilar
O transplante é realizado por dermatologistas ou cirurgiões plásticos, em clínicas ou hospitais especializados. A cirurgia é feita com anestesia local e, em alguns casos, sedação. Antes do início do procedimento, são istrados antibióticos e corticoides para prevenir infecções e reduzir o inchaço.
Após a assepsia, marcação da área doadora e da área receptora, o médico escolhe uma das duas técnicas disponíveis: FUE ou FUT. Ao final, curativos são aplicados e os pontos, se houver, retirados em até 10 dias.
Técnicas disponíveis: FUE e FUT
FUE (Follicular Unit Extraction): Essa técnica retira folículos capilares individualmente da área doadora, por meio de pequenas incisões. É indicada para pequenas áreas calvas e oferece recuperação mais rápida, menor dor e cicatrizes quase imperceptíveis. O procedimento pode durar mais de 4 horas e ser feito com tecnologia robótica.
FUT (Follicular Unit Transplantation): Envolve a remoção de uma faixa de couro cabeludo da região da nuca. Após a extração, os folículos são separados e implantados na área calva. É ideal para casos de calvície mais extensa, mas deixa uma cicatriz linear e exige maior tempo de recuperação.
Recuperação e cuidados pós-operatórios
A recuperação é feita em casa e o paciente recebe alta no mesmo dia. O uso de analgésicos, antibióticos e compressas frias ajuda a controlar o desconforto. Nos primeiros dias, recomenda-se evitar esforço físico, exposição ao sol, coçar ou esfregar a região transplantada. A lavagem dos cabelos pode ocorrer a partir do segundo dia, com cuidados específicos conforme a técnica utilizada.
Enquanto no transplante FUE é possível retornar às atividades no dia seguinte, no FUT é indicado um repouso de pelo menos quatro a cinco dias. Em ambos os casos, o inchaço e a vermelhidão tendem a desaparecer em poucos dias.
Resultados e expectativas
É comum que os fios transplantados comecem a cair entre duas a três semanas após a cirurgia. Um processo normal chamado de “queda do choque”. O crescimento dos novos fios costuma se tornar visível após quatro meses, com resultado final aparecendo entre 12 e 18 meses. Para potencializar os efeitos, pode ser indicado o uso de medicamentos como minoxidil ou finasterida.
Transplante x implante capilar
Embora os termos sejam usados como sinônimos, existe uma diferença importante. O transplante capilar utiliza fios naturais do próprio paciente, garantindo resultado mais estético e sem risco de rejeição. Já o implante capilar se refere ao uso de fios artificiais, que podem causar reações adversas, exigir manutenção e apresentar aparência menos natural.