O brasileiro tem que parar de se auto boicotar, como sociedade, e perceber que cada núcleo social e econômico tem necessidades diferentes, que são legítimas, e não precisam ser contrárias ou excludentes, entre si, para serem colocadas em prática.
Tudo isso é muito simples na teoria, mas na realidade é uma guerra que não tem fim e que acaba somente em discussões vazias, cheias de sandices, despautérios, delírios e, óbvio, convicções ideológicas, sem resultados efetivos para o país e os cidadãos.
Onde está o ponto de equilíbrio nas decisões que afetam os interesses econômicos, sociais, públicos, da sociedade brasileira, do cidadão? Nos grupos políticos, na população, entidades, empresários, nos municípios, no indivíduo? Não existe ponto de equilíbrio, simplesmente o país vai indo, sem rumo e projetos.
A exceção está nas gestões públicas municipais que ainda utilizam os recursos públicos em benefício da população, para fomentar o desenvolvimento econômico, geração de emprego e renda, lazer e o bem-estar das pessoas. O Poder Público municipal está mostrando que a política pode transformar a realidade quando feita com propósito, quando atende as necessidades da comunidade. Ao decidir tornar a vida do cidadão prioridade a política se transmuta, transforma, de algo irrelevante e, às vezes, até nocivo, para algo essencial.
O lado mais sombrio da política está expresso na política econômica praticada no Brasil, que não está nem aí para as necessidades das pessoas, o maior mecanismo de corrupção legal em funcionamento no país, com segurança jurídica e política, qual seja, os juros elevados, que inviabilizam o sistema produtivo, comércio, indústria, serviços, o rendimento das famílias, corrompem a vida das pessoas.
Esta política destrutiva a impune, porque a sociedade não estabelece uma relação causal entre ela e subdesenvolvimento, miséria, escassez, que o país vive. É simplesmente indescritível esta realidade. Ela existe, está aí, viva, dilacerando tudo, sem ser apontada como o maior mal e entrave ao desenvolvimento do Brasil.
O Estado brasileiro é contrário ao próprio povoe e trate o cidadão com desdém, há mais de três décadas, empobrece as famílias, inibe a capacidade de trabalho, torna o país improdutivo, gera desindustrialização, concentra renda e produz escassez para a maioria da população. E não importa se o governo for direita, esquerda, centro, outras tendências, a lógica é a mesma.