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Férias escolares, e agora? 2l6gc

Pai do Miguel e do Gael, jornalista e escritor

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Por Marcelo V. Chinazzo
Foto Arquivo pessoal

Nesses últimos dias, a escala 6x1 tem estado em pauta, e de fato, é um assunto que merece atenção e uma boa análise. Porém hoje vou falar de uma outra “escala”: pai e mãe x férias escolares. Como conciliar o trabalho e a rotina do dia a dia com as férias escolares dos filhos? Essa época do ano costuma deixar os pais apreensivos e questionando onde e com quem deixar a criança.

Nem sempre é possível que a família consiga férias na mesma época e, mesmo quando isso acontece, é difícil conseguir férias de dezembro à fevereiro. Para muitos pais, a falta de uma rede de apoio ou condições financeiras para pagar alguém que cuide dos filhos ou mesmo uma colônia de férias agrava ainda mais a situação. Outros contam com os avós, por exemplo, mas até onde é responsabilidade deles? Uma ajuda vez ou outra é uma coisa, mas todos os dias muda a rotina deles, obrigando-os a remanejar tudo e, ao meu ver, não é justo com eles.

Esse período é um grande malabarismo em todos os sentidos, tanto para os pais quanto para as crianças. Falo com propriedade, pois, como pai, faço o possível e o impossível para estar presente e participar ativamente da vida do meu filho. No meu caso, meu filho, com dois anos, vai à escola durante a semana e vive experiências lúdicas que são essenciais para seu desenvolvimento, mas isso também faz parte de uma rotina. Mas, como toda rotina, ele também cansa e precisa de momentos para relaxar. E mais do que isso, ele precisa de tempo com os pais.

Como conciliar isso? O ideal seria todo mundo tirar férias, ou que o dia tivesse pelo menos 48 horas. O problema é que o mundo ideal não existe. Se todos tirassem férias ao mesmo tempo, outros problemas surgiriam. Se o dia fosse mais longo, trabalharíamos mais e teríamos os mesmos desafios. Talvez o ideal seja apenas encontrar um equilíbrio entre as coisas. Quem sabe um dia chegaremos lá.

Meu desejo é que todos nós, pais, consigamos nos reorganizar para dar conta do profissional, do pessoal e ter junto de nossos filhos mais do que horas e dias, mas tempo de qualidade para que eles se desenvolvam de maneira saudável e tenham boas memórias afetivas. A culpa sempre vai existir, seja por não ar mais tempo com eles, seja por deixá-los em colônias de férias ou com alguém desconhecido por um período do dia. A culpa faz parte da paternidade ativa (assim como da maternidade), vem no pacote e tem inúmeros motivos e gatilhos, porém temos que istrá-las da melhor forma possível para eles e para nós.

Por aqui, sigo istrando essa escala maluca, conciliando a rotina diária com a segunda melhor profissão do mundo, que é ser jornalista, e a melhor profissão do mundo, que é SER pai. Mesmo com toda a correria, a culpa, os medos, os cabelos brancos que surgem (ou os fios que caem), a felicidade, o amor e a paz que a paternidade me trouxe (e traz todos os dias) compensam cada segundo. E que venham as férias escolares!

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