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Expressão Plural 226c71

Lojong 562s3t

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Por Gerson Egas Severo
Foto Arquivo Pessoal

            Eu tive a ideia de trazer, hoje, à atenção do caro leitor/a, um texto religioso e filosófico proveniente do Tibete, escrito por um monge budista chamado Geshe Langri Tangpa, que viveu entre 1054 e 1123. Trata-se de um texto de caráter aforismático e usado ainda hoje como base para a prática meditativa e recitativa de “treinamento da mente” conhecida como “lojong”: na contemporaneidade, especialmente no Ocidente, recebeu o título, ou subtítulo, de “Os oito versos que transformam a mente”. Trata-se, ainda, de um texto que o caro leitor/a dificilmente encontraria em outro lugar – e que, pelo estilo de investigação psicológica do budismo tibetano, pode ser bem útil, também, em contexto cotidiano laico.

“Os oito versos que transformam a mente

1. Com a determinação de alcançar/ O bem supremo em benefício de todos os seres sencientes, / Mais preciosos do que uma joia mágica que realiza desejos, / Vou aprender a prezá-los e estima-los no mais alto grau.

2. Sempre que estiver na companhia de outras pessoas, vou aprender/ A pensar em minha pessoa como a mais insignificante dentre elas, / E, com todo respeito, considera-lás supremas, / Do fundo do meu coração.

3. Em todos os meus atos, vou aprender a examinar a minha mente/ E, sempre que surgir uma emoção negativa, / Pondo em risco a mim mesmo e aos outros, / Vou, com firmeza, enfrentá-la e evitá-la.

4. Vou prezar os seres que têm natureza perversa/ E aqueles sobre os quais pesam fortes negatividades e sofrimentos, / Como se eu tivesse encontrado um tesouro precioso, / Muito difícil de achar.

5. Quando os outros, por inveja, maltratarem a minha pessoa, / Ou a insultarem e caluniarem, / Vou aprender a aceitar a derrota, / E a eles oferecer a vitória.

6. Quando alguém a quem ajudei com grande esperança/ Magoar ou ferir a minha pessoa, mesmo sem motivo, / Vou aprender a ver essa outra pessoa/ Como um excelente guia espiritual.

7. Em suma, vou aprender a oferecer a todos, sem exceção, / Toda a ajuda e felicidade, por meios diretos e indiretos, / E a tomar sobre mim, em sigilo, / Todos os males e sofrimentos daqueles que foram minhas mães.

8. Vou aprender a manter estas práticas/ Isentas das máculas das oito preocupações mundanas, / E, ao compreender todos os fenômenos como ilusórios/ Serei libertado da escravidão do apego [ou “avidya” – ignorância]."

            As oito preocupações “mundanas” citadas no verso 8, parte integrante do “Lojong”, são: querer ser elogiado; não querer ser criticado; querer prazer; não querer dor; querer ganhar; não querer perder; querer ser reconhecido; não querer ser ignorado.

            Tudo super desafiador, meio (ou muito) fora de nossa realidade e cultura e contraintuitivo, não é mesmo? Então, caro leitor/a, leia de novo. Irei rear aqui a instrução que todo mestre de tradições desse tipo lhe daria: escreva à mão aquele verso ou preocupação mundana que lhe pareceu especialmente “impossível”, sem sentido, particularmente “absurdo”, memorize-o e leve-o no coração. Ele é o seu professor/a perfeito.

 

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