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Opinião 4x6mm

Sonho que se sonha junto 2t4tb

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Marina Oliveira
Por Marina Oliveira
Foto Marina Oliveira

Quanto vale um sonho? E aqui falo em valor, não preço, porque, ainda que o ditado reforce que “tempo é dinheiro”, considero tal recurso muito mais valioso que o capital, embora o sistema nos empurre goela abaixo o contrário.

Sonhar leva tempo, demanda esforço, resiliência. Realizar é que parece ar rápido, mesmo que, por um momento, a sensação seja a de que o tempo parou. Ao menos era o que havia experenciado até aqui, mas o que vivi nesses últimos dias foi diferente, dessa vez não parou, foi como voltar no tempo, à infância, à sensação de finalmente retornar para casa.

Antes mesmo de me entender por gente já havia me identificado com o Inter, e boa parte disso é culpa do meu pai. A hora do jogo sempre foi sagrada lá em casa, e o clube nossa religião. Cresci ouvindo meu pai dizer que nasci campeã do mundo, campeã de tudo, e acredito que isso tenha contribuído com a construção da minha autoestima.

Mais do que ser tudo isso, eu tive o privilégio de acompanhar tais conquistas. Vi meu time ser campeão mundial, da Sula, de duas Libertadores, também duas Recopas, e 13 Campeonatos Gaúchos, “fora os apavoro”. Para aquela criança gaúcha dos anos 2000, o Sport Club Internacional de Porto Alegre se consolidou como o melhor clube do mundo todo, e nada vai mudar isso.

Meu time é meu melhor amigo de infância, Fernandão meu super-herói, Índio, Dale, Gabiru, Sobis, Pato, Oscar, Clemer, Damião, Iarley... Assim eu fui construindo a minha Liga da Justiça.

Acontece que o futebol, como excelente espelho da sociedade, não é justo e muito menos linear, principalmente se tratando do lado de cá, que há pouco deixou de ser colônia europeia. Não vou adentrar em tais questões históricas, político-econômicas do esporte aqui, deixo isso para próximas oportunidades. Mas, analisando de forma breve, é fato que alcançar destaque mundial sendo um clube historicamente popular é um baita feito, e que vai muito além do título em si.

Sobre as imprevisibilidades, enfrentamos tempos difíceis. O jejum foi novidade para mim, que acompanhei a melhor fase do Inter ainda na infância. A sensação de impotência frente a uma situação desconhecida me perturbou por muito tempo, até conseguir entender que isso também faz parte do jogo. Não só aprendi sobre resiliência com o clube do povo, como também ei a entender um pouco mais sobre o amor, afinal, “é nas más que eu demonstro que te amo igual”.

No fim, amar é isso, né? Ser e seguir juntos, independente do que aconteça, e seguimos, somos e seremos. Acredito que o valor dos sonhos está também, e principalmente, em quem sonha com a gente.

Esse caminho, entre sonhar e lutar pelos sonhos até conquistá-los, foi o que me ensinou o valor do tempo. Depois de 9 anos, o Inter voltou a conquistar o espaço que sempre foi nosso, mas que muitos já não enxergavam, ou fingiam não ver. Desde sempre eu vejo, mas, dessa vez, foi como reencontrar aquela menininha que só tinha olhos para isso e, mais uma vez, comemorar com ela, “conseguimos!”.

 

 

 

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