Para a escritora Maria Cecília Melchior, as pesquisas realizadas nos últimos sessenta anos “mostram que o fracasso escolar afeta consideravelmente tanto a adaptação individual, tanto no presente quanto no futuro”.
É importante assinalar que reprovação, evasão e repetência — consideradas as proporções evidenciadas em cada país ou estado — assumem um caráter de universalidade.
As causas da repetência, reprovação e evasão escolar vêm sendo discutidas desde a década de 1950. No início, as responsabilidades recaíam sobre o aluno e a família, mas, a partir de 1970 (sob a visão de poucos teóricos), abriu-se um leque de fatores, e o educador e o próprio sistema de ensino começaram a ser apontados como corresponsáveis pelo fracasso escolar.
Em contraponto, em 1990, na Tailândia, foi realizada a Conferência de Jomtien, onde foi elaborada a “Declaração Mundial sobre a Educação para Todos”. A partir daí, aconteceram debates e discussões relacionadas às necessidades de mudanças na educação.
As relações humanas, a sociedade e o mercado de trabalho mudaram e sofreram transformações; com isso, obviamente, a escola também.
É visível e transparente que a transmissão de conteúdos desvinculados da realidade não basta, pois não prepara cidadãos para as exigências da sociedade (e do mercado de trabalho) vigente.
Segundo Maria Cecília Melchior, as políticas educacionais, leis e projetos não devem ficar apenas no papel, mas devem se concretizar na "sala de aula", pois são os educadores e gestores do sistema educativo que irão implementar tais projetos de mudança.
Sempre é hora de recomeçar. Mãos à obra!